viseu patrimonio

Património Construído

Comentário Crítico: As coberturas do centro histórico

A inspeção levada a cabo para a caracterização e análise do estado de conservação das coberturas do Centro Histórico foi possível graças à utilização de drones, que permitiram filmar e fotografar os vários edifícios a partir de uma vista elevada.

Ao nível da caracterização, foi possível observar que a grande maioria das coberturas são inclinadas, sendo que apresentam maioritariamente uma geometria tradicional não-convencional. O beirado é quase sempre linear, e o número de águas mais frequentemente observado é duas. 

O revestimento da cobertura mais comum é a telha Lusa (ou aba e canudo), seguida pela telha Marselha. Foram encontradas ainda várias singularidades nas coberturas, nomeadamente trapeiras e clarabóias. 

Ao nível dos remates, o sistema de rufagem foi o sistema mais encontrado na transição entre a cobertura e as paredes emergentes, e a transição mais comum entre coberturas é a empena. 

Relativamente ao estado de conservação, as patologias gerais mais frequentemente encontradas foram a deformação ligeira a moderada da estrutura de suporte, a existência de reparações anteriores desajustadas e a degradação profunda de elementos singulares. Ao nível dos revestimentos, observou-se que a proliferação de musgos e líquenes é preponderante, seguida pelo envelhecimento e degradação do revestimento e pela existência de diferenças de tonalidade.